Os secretários Gilberto Tegner, e Vilmar Santos, respectivamente de Educação, Esporte e Lazer e de Saúde, e a enfermeira Carla Dias Pinto estiveram em uma reunião de trabalho, na terça-feira (27), devido à ocorrência de surtos da doença mão-pé-boca em escolas municipais. Os secretários solicitam que os pais de alunos da rede municipal de ensino estejam atentos aos sinais da doença mão-pé-boca em seus filhos.
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa que tem como sintomas febre alta, aparecimento de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe e erupção de pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

Reprodução de: blog.saude.mg.gov.br
De origem viral (Coxsackievirus), é mais comum em crianças até 5 anos, embora possa afetar adultos. Tem um ciclo de cinco a dez dias, e o contágio se dá por contato fecal e oral. Por isso, lavar as mãos e os brinquedos dos pequenos com água e sabão é a melhor prevenção – inclusive após a troca de fraldas e o uso do banheiro.
A enfermeira Carla Dias Pinto esclarece que ainda não existe vacina contra o vírus que transmite a doença. Por isso, é importante adotar outras medidas como: limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos; evitar contato próximo (como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou xícaras com pacientes).
Como a transmissão acontece pelo contato direto com outras crianças contaminadas com o vírus, o ambiente escolar torna-se propício para a proliferação da doença. Os pais que notarem os sintomas devem levar os filhos até a unidade de saúde mais próxima de sua residência.
A equipe de profissionais da saúde já visitou as unidades escolares e instruiu professoras, cuidadoras, coordenação e equipes de limpeza sobre os sintomas da doença e as precauções a serem tomadas. Está em elaboração também folheteria explicativa sobre a mão-pé-boca.
“Não há necessidade de fazer alarme ou criar pânico entre a população, pois adotamos as medidas necessárias para conter um possível surto. Os profissionais da saúde e da educação estão orientados a atender e encaminhar corretamente as crianças que apresentarem os sintomas, e as crianças estão sendo orientadas a se prevenir com medidas simples como lavar sempre as mãos”, assegura o secretário de Saúde Vilmar Santos.
Sintomas
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões.
- Aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro, que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas.
- Erupção de pequenas bolhas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.
- As bolhas viram feridas podem liberam vírus por contato.
- O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Mais sobre a doença
- Usar máscaras pode ajudar para evitar contágio.
- Manter a higiene das mãos após contato com corrimãos, maçanetas e barras coletivos e locais públicos.
- Lavar também alimentos e objetos de uso comum.
- O período de incubação do vírus oscila de um dia a uma semana.
- A transmissão ocorre pela via oral ou por contato direto entre as pessoas ou com fezes, saliva e outras secreções.
- Evitar o contato muito próximo com o paciente.
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
- Pessoas que se recuperaram podem transmitir o vírus pelas fezes durante, aproximadamente, quatro semanas.
Fonte: Portal Dr. Drauzio Varela
Tratamento
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios.
Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é o paciente permanecer em repouso, tomar bastante líquido e alimentar-se bem, apesar da dor de garganta.