Canela realizou sua Conferência Municipal de Cultura, nos dias 4 e 5 de agosto, no Cidica – Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela, com a proposta de apresentar o Plano Municipal de Cultura, que será o instrumento de planejamento do setor para os próximos 10 anos. Em seu primeiro dia, na sexta-feira à noite, o evento contou com apresentações de piano e voz, com Arthur Reinhardt e Nicole Pales, a Opera de Papel apresentando Olga Virgínia, a Academia Neusa Martinotto com dança flamenca, além de Julia Barcelos e Iago Vitoraci do grupo Os Tapejaras.
Já no sábado pela manhã a abertura do encontro teve o Som do Vento com Adriano Dias e Rodrigo Batista, Insanos com Edel Ramos e os palestrantes Ralf Cardoso (secretário Municipal de Cultura de Novo Hamburgo) e Marco Aurélio Alves (responsável pela condução da elaboração do plano). Representando o Poder Executivo canelense estiveram o secretário Municipal de Cultura e Turismo, Gilmar Ferreira e o diretor de Cultura da pasta, Moisés de Souza, enquanto que o presidente Jefferson de Oliveira representou o Conselho Municipal de Cultura.
PROPOSTAS E DEBATES
Mais de 100 pessoas da comunidade cultural estiveram presentes ouvindo as propostas e debatendo as metas que surgiram das contribuições da sociedade nas audiências públicas e Fóruns Setoriais que antecederam a conferência. “O Plano Municipal de Cultura foi aprovado e o próximo passo será a análise do Conselho Municipal de Cultura e da Administração Municipal para posterior encaminhamento ao Legislativo que deverá transformar em lei esse documento que é o primeiro da história de Canela”, explica Marco Aurélio Alves.
Os eixos norteadores das políticas culturais de Canela serão: estimular o consumo a manifestações artísticas, serviços e bens culturais já existentes no município estimulando investimentos que ampliem tais iniciativas; aprimorar as linhas de produção e financiamento considerando a necessária distinção entre estudantil, o amador e o profissional; democratizar o acesso à cultura através de políticas públicas inclusivas; promover a inserção da população periférica e da área rural como produtora e consumidora de bens e serviços culturais.
EIXOS CENTRAIS
A geração de acessibilidade como princípio norteador das políticas culturais inserindo pessoas com deficiência auditiva, visual, intelectual, com baixa estatura, idosos, refugiados, acamados e enfermos aos meios de produção e consumo da cultura foi um dos pontos priorizados por todos os grupos de trabalho, assim como o estímulo a profissionalização dos trabalhadores da cultura, ampliar e organizar a indústria cultural e fomentar a economia criativa promovendo feiras, eventos e a fruição sempre considerando a necessária institucionalização e as formações adequadas para o aprimoramento individual e coletivo, considerando o empreendedorismo, o associativismo e o cooperativismo como alternativas econômicas.
O fomento e aperfeiçoamento dos meios e linhas de produção promovendo a inovação, a ciência e a tecnologia permitindo a circulação e o acesso a bens duráveis assim como a promoção da interdisciplinaridade capaz de gerar racionalização na utilização dos recursos e eficácia no resultado de sua aplicação; promover eventos utilizando o potencial, os criadores, artistas e os trabalhadores locais e a formação técnica para trabalhadores que atuam nas iniciativas culturais e turísticas foram os eixos centrais.
GRUPOS DE TRABALHO
Após conhecerem o resumo os grupos de trabalho de cada setor examinaram e validaram as mais de 300 propostas surgidas desde o começo da elaboração do Plano Municipal de Cultura. Agora, o Instituto Brasileiro da Pessoa, organização contratada para sistematizar as propostas, está inserindo sugestões de datas, financiadores, períodos e responsáveis pela execução das políticas culturais.