Os três primeiros casos de coronavírus em Canela foram confirmados no dia 13 de maio e desde então a Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realiza um estudo detalhado para monitorar o comportamento do vírus no município. Os primeiros levantamentos contabilizaram dados entre 13 de maio e 14 junho, quando Canela tinha 29 casos confirmados.
Já na segunda etapa do estudo, com dados coletados até 15 de julho, o número de casos confirmados saltou para 91, representando um crescimento de 214% em dois meses. A secretária de Saúde de Canela, Patrícia Valle, faz um alerta de que estes números comprovam que o momento exige atenção total e comprometimento de todos. “Não podemos relaxar, pelo contrário! É preciso evitar reuniões familiares e aglomerações”, comenta Patrícia.
PROCEDÊNCIA DO VÍRUS
Já a procedência do contágio aponta que 85,1% dos infectados contraíram o coronavírus aqui em Canela, com o vírus circulando na comunidade local. Na sequência estão os estados de São Paulo (5,7%), Minas Gerais (3,4%) e Pará (2,3%), seguidos pela capital dos gaúchos, Porto Alegre, com 2,3%.
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CENTRO SEGUE SENDO O BAIRRO COM MAIOR NÚMERO DE CASOS
Assim como no primeiro mês de monitoramento do vírus, o Centro da cidade segue sendo o bairro com maior número de casos, registrando 17,2% dos pacientes infectados. Conforme a enfermeira epidemiologista Marta Vaccari Batista, que liderou o estudo, este número está dentro da normalidade por tratar-se de uma região com grande circulação de pessoas, além de possuir comércios e restaurantes.
Outro fator que merece destaque é o bairro Luiza aparecer na 2ª colocação no número de casos com 10,3% dos infectados. O bairro não possui uma grande população, no entanto, conta com muitas residências de veranistas de outras cidades que passam períodos em Canela.
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MAIOR PARTE DOS INFECTADOS SÃO ASSINTOMÁTICOS
Entre os 91 pacientes infectados analisados no estudo, 32,4% foram assintomáticos, ou seja, eram portadores da doença mas não exibiram sintomas. O sintoma mais comum entre os infectados foi a febre, que esteve presente em 13,7% dos pacientes. Tosse seca (12,9%), dor no corpo (7,9%) e dor de cabeça (7,9%) também estão entre os sintomas mais relatados pelos infectados.
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DESFECHO POSITIVO PARA 85% DOS PACIENTES
Dos 91 pacientes analisados no período de dois meses, 74 foram considerados recuperados, representando um desfecho positivo para 85,1% dos casos. Cinco pacientes estavam hospitalizados, sete pessoas eram consideradas como casos ativos e havia um óbito registrado.
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Em relação a faixa etária a maior parte dos infectados, 27,6%, eram de pessoas com idade entre 30 a 39 anos. As mulheres somavam 52,9% dos casos, enquanto que os homens representavam 47,1% dos infectados. “Este acompanhamento é fundamental e serve como base para as ações de enfrentamento da pandemia”, avalia a enfermeira epidemiologista Marta Vaccari Batista.
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