Há 30 anos, aids era sinônimo de morte. O preconceito e o medo eram transmitidos com a mesma rapidez do HIV. Na luta contra a aids, um dos gestos mais simbólicos foi o ato de tecer colchas (quilts) para manter viva a memória das vítimas. Em 1988, foi criado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. O 1º de dezembro se tornou um marco na resposta global à epidemia. Hoje é possível viver com HIV. O diagnóstico e o tratamento evoluíram. Os efeitos colaterais dos medicamentos foram reduzidos. Além da camisinha, existem novas estratégias de prevenção.
Essa história continua e o Ministério da Saúde lançou neste ano a campanha “30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids – Uma Bandeira de Histórias e Conquistas”.
Em Canela, a Secretaria de Saúde realiza durante todo o mês de dezembro, ações de prevenção do HIV/AIDS, onde as unidades de saúde e Caps realizam os testes rápidos para diagnóstico de HIV, Sífilis Hepatites B e C.
SAE REALIZA AÇÃO NA PRAÇA
O Serviço de Atendimento Especializado – SAE Hortênsias estará na sexta-feira (30), na Praça João Corrêa, na parte da manhã, distribuindo folhetos informativos em alusão ao combate mundial da doença.
HISTÓRICO
Em 1987, durante a terceira Conferência Internacional de Aids em Washington (EUA), 200 mil pessoas participaram do lado de fora do evento. Eram ativistas, pessoas vivendo com o vírus que queriam ser ouvidas pela comunidade científica e pelo mundo. Porque, para esses ativistas, naquele momento em que não havia tratamento, o silêncio era uma forma de morte. Por esse motivo, por iniciativa da ONG americana ACT UP, formou-se um grande mosaico de colchas (quilts) em frente ao Capitólio para lembrar e homenagear vítimas da aids. Era um forma de protesto e de reafirmar a luta pela vida.
No ano seguinte, por iniciativa de dois oficiais de informação pública da Organização Mundial de Saúde, James Bunn e Thomas Netter, foi proposto a criação do Dia Mundial de Luta contra Aids. A ideia foi levada ao então diretor do Programa Global sobre Aids (atual UNAIDS), Jonathan Mann, como uma forma de combater o preconceito e a desinformação que ainda havia em torno do tema. A iniciativa vingou e até o hoje o Primeiro de Dezembro é marcado em todo o mundo como a data para o combate ao preconceito e ao estigma em torno da doença.
AIDS NO BRASIL
O tempo passou e hoje é possível viver com o HIV, mas a aids ainda é uma realidade. Atualmente, 75% das pessoas vivem com o vírus e conhecem seu estado sorológico. A meta da ONU é garantir que até 2020 esse número chegue a 90%, e desses, pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento e entre os que recebem tratamento, 90% tornem indectáveis – estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da aids.
No Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram esse estado de estarem indetectáveis. Essa conquista, se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde, por meio do DIAHV, para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV. Exemplo disso, é que o país incorporou o dolutegravir como medicamento de primeira linha para tratar os pacientes.
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Fonte: Ministério da Saúde