No último sábado (23), o Parque do Lago de Canela foi palco de mais uma edição da Feirinha Ecológica, um evento mensal que promove a cultura, a economia local e a interação cidadã de forma descontraída e inclusiva. Realizada geralmente no segundo final de semana do mês, a feirinha é adiada para o final de semana seguinte em caso de chuva.
A Feirinha Ecológica não é apenas um espaço de comércio, mas também um local de importantes iniciativas socioambientais. Alékos Elefthérios, biólogo e assessor técnico da prefeitura, destacou várias ações realizadas no evento: “A gente faz o contato com vários grupos, aqui tem a cooperativa dos catadores de lixo, que trazem materiais encontrados no lixo. Esse material é limpo, arrumado e muito disso pode ser revendido como itens de decoração, relíquias como TVs antigas, rádios antigos, enciclopédias completas que as pessoas jogam no lixo. Isso tudo iria ser pensado pela prefeitura do município e pago para ser levado ao lixão, mas aqui na cooperativa esses itens são limpos, tratados e revendidos.”
Além disso, Alékos mencionou a doação de mudas nativas frutíferas para atrair fauna e aves, a recolha de lixo eletrônico, e a doação de adubo. “Nós também fazemos contatos com ONGs das causas animais, fazemos a doação de mudas nativas que são da própria prefeitura para plantarem em suas casas, plantarem em seus quintais, são sempre mudas frutíferas para atrair fauna, atrair aves. Isso é muito importante para a situação ambiental de Canela,” explicou Alékos. “A ideia é ter um final de semana que a prefeitura, que o poder público trabalhe em contato direto com a população de uma forma mais descontraída, sem a necessidade de uma institucionalidade muito séria.”
Alékos ainda comentou sobre a população muitas vezes procurar a feirinha para conversar e tirar dúvidas sobre o meio ambiente. Além disso, destaca sobre o sucesso da doação de cachorro na feirinha “já foram adotados mais de 100 cachorros aqui na feirinha”, destacou.
Participação da comunidade local
A feirinha também oferece um espaço para artesãos e produtores locais exibirem e venderem seus produtos. Helenara Fão, artesã que participou pela primeira vez, compartilhou sua alegria em fazer parte do evento: “Eu tô bem feliz, bem satisfeita e eu gosto disso, do que eu faço e do que a gente pode proporcionar, com o produto direto para a população.” Helenara, com formação em arte cerâmica, expôs xícaras, copos, pratos e esculturas, além de marionetes feitas de papel machê, mostrando a diversidade e a riqueza do artesanato local.
Cláudio Trein e Marines Aparecida dos Santos, agricultores da Linha Quilombo em Canela, também participaram da feirinha. “A gente iniciou com a feira quando começou a feira, faz mais ou menos 1 ano. Entramos na feira a convite do Alékos e da Emater. É um incentivo muito bom, porque a gente depende dessas feiras,” disse o casal. Eles destacaram a importância do evento para a sustentabilidade econômica dos pequenos produtores locais e o desejo de que a feira aconteça com mais frequência.
A edição de novembro da Feirinha Ecológica reforçou o compromisso de Canela com a sustentabilidade, a inclusão social e a valorização da cultura local, unindo a comunidade em prol de um futuro mais verde e solidário. Além das barracas de produtos locais, o evento incluiu atividades de conscientização ambiental e adoção de animais.