A Secretaria de Saúde de Canela expôs nas seis unidades básicas de saúde (UBS) da cidade banners chamados “faltômetros”, que mostram à população a quantidade de consultas agendadas e não comparecidas a cada mês. Os números revelam o quanto isso tem representado para os cofres públicos.
Nas UBS’s, o Município mantém clínico-geral, médico da saúde da família, pediatra, gineco-obstetra, ortopedista entre outros profissionais. Conforme os números levantados pela Secretaria de Saúde, em outubro deste ano 1.471 pessoas marcaram atendimento com médico e não se fizeram presentes – número que também inclui as consultas no CAPS, com psiquiatra.
Levando em conta que o Município investe cerca de R$ 30,00 em cada consulta, o prejuízo chegou, em outubro, a R$ 44.130,00. Em setembro, 896 pacientes estiveram ausentes às consultas, o que custou R$ 26.880,00 para a rede pública. Literalmente, a Prefeitura pagou R$ 70.010,00 para os médicos ficarem parados por consultas não comparecidas nos últimos dois meses.
A UBS líder em faltas em outubro foi a do bairro Canelinha, com 537 ausências, somando-se atendimentos e especialidades. Em seguida vem a UBS Central, com 477 não comparecimentos.
“Fora o gasto do dinheiro público, quem marca consulta e não vem tira lugar de outro que poderia precisar muito mais”, lamenta o secretário de Saúde do município, Vilmar Santos. Segundo ele, o ideal é a pessoa que não pode se fazer presente avisar com antecedência, a fim de dar lugar a outro usuário. “Não tem como colocar outra pessoa na hora em que se percebe que o paciente não veio. Aí o médico fica parado, e a gente tem que pagar”, completa.
OUTRAS ESPECIALIDADES
Parte das consultas médicas oferecidas pelo Município é paga mediante convênio com uma empresa que disponibiliza profissionais, enquanto a própria Secretaria de Saúde contrata os demais. Fora isso, são disponibilizados atendimentos com outros especialistas, como psicólogo, nutricionista, dentista e assistente social, entre outros.
Esses profissionais fazem parte do quadro de servidores e recebem salário mensal. As consultas oferecidas por eles também sobrem com a infrequência de usuários que as marcam e não comparecem. Em outubro, 844 consultas com especialidades deixaram de acontecer por causa disso.